Conecte Conosco

Game Reviews

REVIEW | Nosso veredicto sobre o perturbador game de terror psicológico, Little Nightmares

Publicado

em

Com uma pitada beem de leve e longe de Little Big Planet, chega finalmente aos consoles e PC o game Little Nightmares. Essa pequena semelhança não é por acaso, a desenvolvedora partilha os dois jogos e quando eu digo semelhança, não falo dos monstrinhos fofinhos ou multicoloridos e sim do modo plataforma 3D de perspectiva bidimensional com gráficos e personagens marcantes mesmo sem grandes detalhes. Esse é um dos pontos fortíssimos de Little Nightmares. Outro dos pontos fortes do game, é a atmosfera perturbadora e enigmática que o jogo te mergulha, é algo que você só consegue sentir jogando e entrando de cabeça na história. 
Como é de acontecer com outros games muito bons do gênero, tipo “Inside” e “Limbo“, as coisas não são muito explicadas no início, a ideia é você mesmo ir decifrando do que se trata e acredite, o game consegue mexer tanto com a sua cabeça que você passa a se tornar parte do protagonista e ficar confuso assim como ele na estória. Desde os primeiros minutos de gameplay conseguimos perceber uma coisa de cara, Little Nightmares é uma obra cuidadosa, simples, criativa e simples, mas que ao mesmo tempo tem uma profundidade incrível pelo fato de deixar tudo muito no ar, subentendido. É um jogo, maduro, disfarçado de algo que consiga chamar atenção até mesmo de crianças – que deviam ficar com Little Big Planet, na minha opinião.
O ambiente do game chama-se The Maw. É um lugar gigantesco, composto por salas, corredores e espaços onde a pouca luminosidade e é povoado por criaturas noturnas, aberrantes e aterrorizantes e de quebra, conta com objetos que se movimentam como se tivesse vida própria. Realmente bizarro. Logo conhecemos a protagonista Six, uma improvável heroína, improvável por sua fragilidade e estatura o que em diversos momentos do gameplay mostra que isso é um defeito gritante para o desenrolar fácil dos puzzles, mas com uma saída para cada situação. Um ponto importante que merece ser destacado de Six no gameplay, é que até mesmo a personagem chega a ser um mistério, pois durante todo o game ela segue coberta totalmente por um capuz amarelo impermeável que na maioria das vezes é a parte de maior contraste misturada ao(s) ambiente(s) sombrio(s) do game. Falando em estatura e puzzles, não podemos deixar de citar a incrível física do jogo, tudo flui como na vida real, todos os movimentos dos personagens e objetos in-game são muito, muito reais e isso é animador! 
Sobre o que encontraremos no game, é fácil falar. Tudo se trata de um regresso aos nossos pesadelos de infância, espaços que diziam que não devíamos visitar quando éramos crianças por conta de seus perigos muitas vezes desconhecidas para crianças, ou seja, grande parte da experiencia em Little Nightmares é proporcionada por um confronto com muitos desses lugares, pondo à prova as nossa habilidades de fuga e raciocínio quando enfrentamos bichos medonhos, anões gigantes de braços desproporcionais que nos põe em uma gaiola. Esta distorção tão típica nos pesadelos torna-se constante, invadindo câmaras e todos os demais ambientes, resolvendo puzzles discretos em forma de desafios de sobrevivência (?). Aqui somos crianças, não temos armas, nem temos capacidade de usar da força bruta com socos e pontapés pois não faz parte do nosso ‘ser’. O objetivo do game é contornar e correr dos perigos quando não há outra forma de escaparmos. Quando o escuro total vem à tona, um pequeno isqueiro proporciona uma chama reconfortante (e grava o checkpoint quando acendemos os candeeiros) mas essa foi a primeira mancada do game ao mostrar um objeto que não seria muito ao alcance de uma criança, já que um dos pontos aqui parece ser manter as criança somente com aquilo que é do feitio de uma criança carregar, ou talvez essa nossa impressão sobre as armas e capacidade de usar a força bruta foi equivocada e o porque de isso não ser possível no game, tenha outra explicação, ou não tenha explicação nenhuma. 
Little Nightmares é um dos grandes games deste ano, é um prato cheio para quem curte o gênero e pode entreter até mesmo quem não é muito fã do gênero plataforma, mas sua arte é chamativa e o jogo como um todo é extremamente imersivo.  [review]
Você pode adquirir o game para PC AQUI.

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

a>

© 2024 | Acesso Geek - O seu site de notícias sobre Games, Tecnologia, Cinema, Séries, Quadrinhos, Música e muito mais!