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REVIEW | Hellblade: Senua’s Sacrifice – Uma jornada esquizofrênica e sombria!

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À primeira vista, Hellblade: Senua’s Sacrifice te imerge completamente no universo do jogo, os primeiros momentos do game tudo te envolve, desde o som atmosférico quanto o visual extremamente perturbador misturado com a narração à fundo na qual vozes procuram te perturbar, perturbar sua mente, como se você – assim como a protagonista do game – sofresse de distúrbio esquizofrênico por confrontar a si mesmo em vários momentos. Ainda falando sobre a parte sonora do game, QUE TRABALHO INSANO E ANIMADOR! A desenvolvedora na introdução do game deixa claro para você jogar com fones de ouvido e a gente reforça, USE FONES DE OUVIDO! As vozes escutadas no game, que te desafiam e te amedrontam em diversos momentos foram gravadas binauralmente, o que significa que se você escutar com fones de ouvido ou sistema de Home Theater avançado 7.1 elas estarão como em um espaço 3D em volta de você.

Agora vamos falar de um outro destaque no game, a parte VISUAL. A Ninja Theory não mediu esforços para investir arduamente na parte gráfica do game que possui uma fotografia incrivelmente linda. E quem diz que esse game não é um AAA da geração atual? O jogo tem um impacto visual realmente de deixar qualquer um boquiaberto ao descobrir que trata-se de um jogo indie.
A HISTÓRIA
Senua, a protagonista de Hellblade: Senua’s Sacrifice, é uma guerreira Nórdica traumatizada depois de uma invasão Viking. Como consequência do ataque, ela desenvolve psicoses e consegue ouvir vozes dentro da sua cabeça. A história, baseada na mitologia Nórdica, foca-se em Senua, sobre a viagem que ela embarca para o submundo de Helheim, que são as manifestações psicóticas da sua realidade e mente.
 
Senua é uma guerreira celta, que desde criança foi hostilizada por “ver o mundo de uma forma diferente”. Quando perde uma pessoa muito querida, ela decide encarar seus medos e psicoses para embarca em uma jornada introspectiva e perigosa por um submundo infernal cheio de monstros e runas mágicas.
Um detalhe bacana é que sempre fica claro que psicólogos e especialistas ajudaram na concepção da personagem, para tornar sua esquizofrenia autêntica e realista. Hellblade trata de um tema delicado que embora misturado com elementos fantásticos e mitológicos, sempre mantém um pé na realidade. O que é ótimo, afinal a esquizofrenia é algo real, que acomete pessoas reais.
 
SISTEMÁTICA E JOGABILIDADE
Hellblade, é muito diferente de tudo que você já jogou, somente vendo vídeos superficiais talvez você não perceba isso, mas pode ter certeza que é uma experiencia unica quando jogada por você mesmo, primeiramente pelo que citei acima, a atmosfera incrivelmente imersiva e perturbadora, e por sua sistemática de enredo também, esqueça missões, quests secundárias, etc, pois Hellblade é um game totalmente linear onde você é obrigado a procurar runas que abrem portões para seguir à frente e enfrentar criaturas medonhas e extremamente intimidadoras. 
O “problema” desta proposta das runas é que com o passar das horas isso se torna extremamente repetitivo e cansativo, pois é como se precisássemos jogar o mesmo mini-game várias vezes para seguir na história. Mas é uma coisa que a gente releva levando em consideração o conjunto da obra e o que tudo isso das runas desencadeará no futuro da trama.
O jogo é um desafio constante, não só por seus vilões – que muitas vezes tomam formas não corpóreas para te atacar e assim impedindo que você revide – nem pelas runas que em sua maioria das vezes podem estar escondidas em um angulo específico de sombra ou de galhos de arvores e outros pequenos detalhes do cenário. Mas pela falta de aquilo que chamamos de HUD de jogo (Informações de mapa, health, etc que geralmente são encontradas na tela do gameplay) ou de um tutorial inicial, ou seja, o jogo começa te jogando no universo totalmente às escuras para você explorar por conta própria sem nenhuma ajuda adicional como acontece em jogos de plataforma atmosféricos tipo Inside, The Little Nightmares, Limbo, entre outros.

Completa o pacote audiovisual uma trilha sonora incrível, com uma pegada bem tribal, e um trabalho primoroso de captura de interpretação — destaque óbvio para a atriz Melina Juergens, que empresta seu corpo e sua voz para a protagonista –, com personagens bem modelados e expressivos. Há inclusive interações da personagem digital com pessoas reais, e isso funciona melhor do que seria de se esperar. Prepare-se para se emocionar com Senua, se revoltar com as coisas que ela descobre sobre sua própria vida, e se chocar com os sacrifícios que ela faz em busca de auto-conhecimento e redenção.

A atriz Melina Juergens emprestou sua voz e movimentos para interpretar a protagonista Senua e ficou SENSACIONAL!

O combate é algo que também é bastante bem aproveitado por ter aquele estilo de hack and slash acrobático no qual você ataca e se esquiva de forma frenética e que toda a agilidade possível que você usar contará bastante no resultado de batalha. Ou seja, o estilo de luta do jogo é um estilo estratégico de hack and slash, não só bater e bater, aqui você tem que saber as horas exatas de se defender e esquivar-se além de atacar. [review]
VEREDICTO
Hellblade pode não ser para alguns, mas quem se identificar e encarar o game terá nas mãos – talvez – um dos melhores jogos indie deste ano. Falo “talvez” pois o gosto de cada um é diferente e esta é a MINHA opinião.
Opiniões à parte, no que se propõe o jogo é incrivelmente perfeito e realmente entregou tudo o que prometeu num estilo excepcional. Nós parabenizamos a Ninja Theory por nos entregar esta incrível obra de arte para que pudéssemos testar e que nos surpreendeu pois percebemos claramente os cuidados da desenvolvedora com detalhes perfeccionísticos. MERECE SEQUENCIA!
O game já está disponível para PS4 e para PC.

Ainda não conhece o game? Confira o trailer:  

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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