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REVIEW | O que podemos dizer sobre “The Hunter: Call of the Wild”?

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The Hunter: Call of the Wild é um jogo de caça onde a realidade é explorada em todos os sentidos. O tema desse game pode criar uma divisão na nossa audiência, por se tratar de um jogo de caça desportiva e se há aqueles que defendem a caça por subsistência, matar animais para alcançar troféus é, obviamente, algo pouco louvável. Mas não deixe que isso influencie sua experiencia no JOGO, lembrando que muitas vezes jogamos obras de arte como GTA e Pay Day, que trazem propostas igualmente “inumanas” e não misturamos as coisas.

 Um dos maiores destaques para nós – fora a realidade já citada – são os gráficos e jogabilidade, porém se você pretende entrar no mundo de The Hunter achando que este é um jogo comum, pode tirar seu cavalinho da chuva, pois talvez a etiqueta de “jogo” não se aplique ao Call of the Wild, embora a desenvolvedora tenha criado mecânicas de progresso e de recompensa por exploração e cumprimento de objetivos, ainda sim o maior destaque é o de simulação, não de progresso.

A série The Hunter não é propriamente uma novidade. Talvez tenham ouvido falar dos títulos anteriores The Hunter Classic e The Hunter Primal, este último a levar-nos a caçar dinossauros. Se o primeiro jogo tem uma reputação mista, como free to play repleto de impopulares microtransações, o segundo é já um clássico. Com isto em mente, perante a proposta de analisarmos este mais recente título, aceitei o desafio.

As vantagens de analisar um game meses depois de lançado tem alguns benefícios, um deles e talvez o maior é que o jogo á recebeu diversas atualizações de melhorias e uma série de itens adicionais, sendo dois deles pagos. Estes dois DLC lançados posteriormente, talvez possamos até apontá-los como indispensáveis pois são muito importantes para a jogabilidade e sua experiencia dentro do The Hunter. Um deles, te permite montar tendas em diversos locais para aguardar que os animais apareçam, já o segundo equipa o jogador com ATVs (carro 4×4) para possibilitar o jogador a trilha e atravessar o mapa com mais velocidade até um ponto de interesse. E no mês passado (31/8) foi lançado um pacote de conteúdo adicional gratuitamente – que desbloqueia uma melhoria nas mochilas de carga, o que antes era notável uma necessidade de tal melhoria.

 

 

A EXPERIÊNCIA

Um dos fatores mais importantes para quem vai encarar o game é a paciência, visto que, na caça desportiva esta qualidade também é indispensável. Aqui, além da paciência você terá que ser astuto, e ter uma boa leitura de pistas, rastros, análise de excrementos e o escutar das vocalizações para chegar até o animal de interesse. Cada pegada, depressão no terreno ou vocalização possui uma simbologia que podemos, não só destacar, como seguir, com o jogo a ajudar apontando numa direção e a indicar os estados dos animais em causa (em fuga, descontraídos, alertados, etc), além do tipo e sexo do animal (preferencialmente, caçam-se sempre espécimes macho).

Obviamente que não podemos também andar pela trilha com a arma em punho. É preciso pausar, escutar o ambiente, observar em distância com a mira ou com os binóculos, podendo até usar apitos e outros aparatos para chamar alguns animais. É preferível agachar ou rastejar em alguns pontos, sobretudo quando estamos a chegar próximo da presa.

Existem imensos animais para caçar e de uma variedade incrível, cada um deles possuindo características, agressividade e comportamentos próprios. Javalis, alces, renas, raposas e muitas outras espécies das duas regiões (Alemanha e América do Norte) precisam de estratégias diferentes para serem caçados. Por isso, há que estudar comportamentos, procurar zonas de descanso, ou lagoas onde os animais bebem água e pontos altos para um bom tiro. É também muito importante que observemos o vento para que o nosso odor não nos denuncie. Acima de tudo, convém não provocar nem um ataque, nem uma debandada, senão tudo recomeça do início. O objectivo é finalmente colocar a mira no alvo e preparar o disparo certeiro.

 

 

Para isso, é importante que usem as armas mais indicadas para caçar cada presa. O jogo fornece diversas armas de fogo diferentes, entre pistolas, espingardas e caçadeiras. Caçar um javali de espingarda de longo alcance é inútil uma vez que é raro ver um deste animais à distância. Também não é muito razoável usar uma espingarda para tiros a mais de 100 metros. As pistolas, para mim, são só mesmo úteis para caça menor. Igualmente importante é o tipo de munição usada, devendo ser carregada também para cada tipo de animal. Outro ponto que é importante ressaltar é que quanto mais danificada a presa pelo tiro, menos valiosa é a recompensa. Notem que também existem arcos para tiro silencioso, contudo a sua efetividade não é tão evidente em animais de maior porte.

GRÁFICOS

Já falamos da jogabilidade e experiencia dentro do game como ultra realista, e os gráficos não ficam muito pra trás, não. Em The Hunter: Call of the Wild, temos uma demonstração de gráficos muito bem trabalhados, com texturas dignas de AAA e uma versatilidade de ambientes e clima, que ajudam ainda mais no realismo e na imersão do jogador no mundo do game. As sombras também foram bem detalhadas, até porque é um elemento importante para um jogo do tipo pois podemos levar em consideração ser um game de simulação stealth, pois a maior parte – se não toda – nos leva em uma caçada às escondidas.

OS PROBLEMAS

O jogo pode parecer perfeito, mas não chega no nível da perfeição. Além daquilo que citei anteriormente, de ser um jogo onde você deverá ter uma paciência de santo (entendo que isso é uma característica do próprio esporte, mas eu como jogador, me senti na obrigação de apontar isso aqui). há um outro problema que possa vir a ser um dos mais sérios do game; o sentido de exploração dos vastíssimos mapas é ampliado pelos pontos de interesse, torres e cabanas que temos de descobrir. Estas últimas desbloqueiam pontos de “fast travel” para evitar ter de percorrer trilhas imensas novamente para chegar a um determinado ponto. Mesmo assim, andar é o que mais iremos fazer no game. Talvez por isso a desenvolvedora liberou um DLC de ATV para que os jogadores pudessem se locomover pelo mapa com mais facilidade, o que não faz muito sentido pra mim é a “expansão” só estar disponível como DLC pago. Um mapa tão vasto merecia um meio de transporte mais acessível no jogo base, mesmo que este fosse um pouco mais complicado de conseguir. Outra coisa que deixou a desejar, foi a falta de um tutorial para os jogadores com menos experiencia. Muita da ação do jogo é eventualmente explicada com informações oportunas dadas pelo rádio e há outras coisas que são aprendidas com um pouco de intuição e dedicação. Mesmo assim, seria útil alguma explicação das mecânicas mais básicas do jogo. Mais importante ainda seria que o jogo nos desse alguma formação mais concreta sobre o tipo de munição ou arma adequada para cada presa. Porém, isto também será aprendido – digamos automaticamente após algum tempo, mas até lá, lembrem-se: não tentem caçar ursos com arco e flecha…

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VEREDICTO

A caça em The Hunter: Call of the Wild pode ser intensa, como pode ser totalmente monótona. Tudo vai depender da sua paciência e sua dedicação em aprender tudo na raça. Se fossemos apontar o jogo como bons gráficos e boa jogabilidade, daríamos um 10 para este que de longe parece ser totalmente incrível, mas se você procura algo realmente divertido, pensa bem antes de se aventurar no mundo da caça de The Hunter. Claro que a diversão para muitos é relativo, mas o que digo aqui é em questão de repetição e dificuldade, por horas você ficará andando à procura de presas e na hora H perceberá que terá que ter ainda mais paciência para ‘captura-la’ pois a palavra chave aqui, é essa: PACIÊNCIA, mas amigos, caso você possua essa qualidade chave, VÁ EM FRENTE, pois essa experiencia pode ser extremamente divertida.

NÓS DO ACESSOGEEK NÃO APOIAMOS NEM SOMOS ADEPTOS DE NENHUMA PRÁTICA DE MAUS-TRATOS À ANIMAIS.

 

 

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