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REVIEW | BIOMUTANT

Biomutant está disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One.

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Biomutant foi anunciado em agosto de 2017 com um trailer que fascinava até mesmo quem não é muito fã do gênero hack n slash, por sua proposta diferente de construção de personagens e um enredo que parecia ser algo bem inovador do que estávamos vendo até o momento. Após essa ocasião de revelação, seu lançamento havia sido marcado para 2018, porém o título foi adiado e até mesmo informações começaram a aparecer com menos frequência. O jogo passou por longos períodos em que sequer uma novidade foi divulgada e de repente, a THQ Nordic abriu a pré-venda e divulgou a data bastante esperada para quem acreditava que o game tinha grande potencial. Afinal, toda essa espera valeu a pena?

O game foi desenvolvido pelo Experiment 101. Este é o primeiro projeto do estúdio sueco formado pelos fundadores da Avalanche Studios, responsável pela série Just Cause e também desenvolvedora de Mad Max lançado em 2015. Por ser um estúdio novo com uma grande proposta em potencial na mão, muitos ficariam com o pé atrás, mas eu, particularmente confiei todas as minhas fichas nesse jogo. Primeiramente que por mais que seja um estúdio novo, sabemos que ali estavam alocados grandes profissionais responsáveis por jogos que eu curti demais como os já citados Just Cause e Mad Max e outra coisa que me deixou tranquilo foi que os jogos distribuídos pela THQ Nordic possuem uma espécie de selo de qualidade que dá pra confiar.

Na história de Biomutant você será um herói e salvador ou trilhar o caminho da escuridão, a escolha cabe ao jogador. O Design do jogo é único permitindo os jogadores mudar as habilidades e aparência com poderosas mutações, próteses biônicas e armas de diferentes tipos. Melhore suas garras ou coloque uma perna robótica, cada escolha irá impactar na maneira que seu herói luta em tempo real usando artes marciais e armas de fogo ao mesmo tempo em que ao definir qual o seu atributo principal, isso também incentivará nas características físicas do seu pequeno mutante. Essa pra mim é um dos pontos mais legais de Biomutant, passar um bom tempo na seleção de atributos, características físicas e definindo um ponto inicial para onde o seu boneco vai trilhar pode ser muito animador e me lembra a minha época de RPG de mesa na qual passávamos uma tarde inteira criando as fichas de personagens os quais encarnaríamos durante a história. Biomuntant é isso, e trás o início mais RPG raiz que vi nos games durante os últimos meses!

E pegando um gancho nessa parte da criação de personagem: Depois de quase 25 horas de jojo, eu ainda não sei se ainda estou me divertindo ou se estou só mesmo vagando por dentro do mapa do jogo por estar totalmente apegado ao meu avatar, a minha coleção de armas de lixo feitas a mão e ao mundo pós-apocalíptico do game. Definitivamente, a parte dos crafts de arma são outro ponto importantíssimo que faz Biomutant se destacar dos demais, é muito divertido misturar novas armas com esses pedaços de lixo que você vai achando no decorrer da história e ver o que a sua ‘obra de arte’ é capaz após esse esforço.

Mas como nem tudo são flores, precisamos citar os maiores problemas que encontramos no jogo. Primeiro de tudo, os gráficos deixaram muito a desejar em comparação com trailers de gameplay que vimos anteriormente e até mesmo comparados as cutscenes do jogo que, diga-se de passagem – são estupendas! Mas infelizmente, após as incríveis cenas, ao voltar pra gameplay de cara sentimos o peso da ‘fraqueza’ gráfica. Claro, estamos muito mal acostumados com jogos que entregam cutscenes que se assemelham muito ao gameplay, como jogos vários que posso citar, mas o que acontece em Biomutant é que parece que a muitos do que foi apresentado tanto nos personagens, quanto ao redor, no mapa e inimigos parece carecer de texturas e me dá a impressão que eu estou jogando um jogo mobile com a resolução ‘esticada’ o que não compensa em nada no ganho de fps que rodando tudo no máximo se manteve em 50 e 60fps.

Todos esses problemas com os visuais é realmente uma pena, pois o visual em si era uma das coisas que mais me chamou atenção de início, mas claro que não podemos simplesmente desvalorizar o jogo por isso, pois ainda há esperança de alguma atualização que corrija um pouco essas texturas ou lancem algum tipo de filtro que nos ajude a entregar a beleza que esperávamos ao ver conteúdos divulgados previamente. Eu queria muito parar por aqui e não citar mais pontos negativos, mas infelizmente tenho que falar também sobre o enredo em si e a falta de profundidade e uma experiência rasa em relação ao mundo do game no geral, a ideia dos desenvolvedores claramente foram pretensiosas mas toda essa pretensão pode ter atrapalhado um pouco o que o estúdio realmente conseguiria alcançar. Primeiro que o enredo por mais que até seja divertido, não é nada muito genial e por várias vezes me deu um pouco de tédio, ao contrário do combate que pra mim é um outro ponto muito positivo.

As ideias que eles poderiam ter seguido me deu a impressão de que o jogo não estava completo, por vários momentos eu me peguei pensando: “E se…” ou “Se isso fosse desse jeito seria bem mais legal” e outras coisas do tipo.

Dito tudo isso, eu devo ainda afirmar que o jogo tem seu problemas, está longe de ser perfeito mas também tem muitos acertos. O mundo que a Experiment 101 estabeleceu e elaborou com amor, com uma história clara contada pelas ruínas da civilização humana e vestígios de evidências da corporação descuidada que fez algo que nos levou rumo a direção do fim dos tempos. Com a natureza há muito assumindo o controle, as terras agora cobertas de vegetação e biodiversidade estão cheias de um número impressionante de flora e fauna mutantes únicas, bem como de criaturas tribais inteligentes que moldam o início de novas sociedades. Isso por si só já é interessante o suficiente para nos fazer dar uma chance ao jogo, né?

Vale a pena?

Apesar dos erros e acertos citados acima, Biomutant é um jogo divertido e envolvente. É fato que tem muitos bugs visuais e algumas coisas que parecem realmente estar incompletas, na minha opinião acho que o estúdio se dedicou bastante para entregar algo muito pretensioso e acabou se perdendo em alguns pontos nesse caminho. A pergunta é se vale a pena e eu devo deixar claro que apesar dos pesares esse é um jogo que eu me diverti bastante jogando, me apeguei ao personagem que criei e até gostei do enredo, de como ele é apresentado aos poucos e de alguns pontos específicos como o desenrolar da história tratada como uma ‘pré-história”. Dito isso vale sim sim cada hora gasta, mas se ainda assim você está com um pé atrás e não sabe se vale o investimento do preço de lançamento, eu te aconselho esperar uma promoção, que paralelamente a isso eu acredito que os desenvolvedores trabalharão arduamente em atualizações que deixarão no passado muitos desses pontos negativos que citei nesta análise.

Biomutant está disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One.

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Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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